terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Os elefantes brancos


Direto de cá, venho mostrar a vocês um certo incômodo com determinadas coisas que vejo por aí: os tais elefantes brancos. Alguém já parou pra pensar sobre a origem desta expressão? A seguir uma breve explicação que encontrei (pesquisei em vários lugares, porém essa foi a mais suscinta) no site do professor Paulo Hernandes:

"Tal expressão tem o sentido de presente incômodo ou algo inútil, mas dispendioso. Segundo consta, no antigo reino de Sião (daí o adjetivo siamês), atual Tailândia, o rei costumava presentear cortesãos chatos e inconvenientes com elefantes brancos. Por ser presente real, o paquiderme não podia ser recusado nem vendido e, como era considerado sagrado, não podia ser utilizado em qualquer tipo de trabalho. Muito menos ser sacrificado. Além disso, deveria ser bem tratado e enfeitado, já que o soberano tinha o desagradável hábito de surpreender o presenteado com visitas “incertas” para verificar como ia a saúde do presente oferecido. Assim, o elefante, que tem vida longa, dava muita despesa e nenhum retorno, ou seja, não possuía qualquer utilidade para quem o recebia. Era mesmo autêntico “elefante branco”."

Daí eu chego em uma conclusão, que perde um pouco o sentido daquilo que chamamos de elefante branco (eu falei "um pouco"): obras públicas, como pontes, viadutos, hospitais, escolas, blibliotecas, obras essas que estando inacabadas ou inutilizadas acabam se tornando fontes apenas de despesas, que querendo ou não vai parar na nossa conta. Mas, porque falei no desvirtuamento da origem da expressão? Em primeiro lugar, não tem nada de sagrado ficar começando obras e mais obras, só pra fingir trabalho realizado; Segundo: o presente é dado a cortesãos chatos e incovenientes. Não vejo assim a população brasileira, pelo contrário somos cordeirinhos que de 4 em 4 anos damos novas oportunidades a quem está nos massacrando, continuar sem dó nem piedade. E terceiro: o soberano costumava fazer visitas para ver como estava a saúde do animal, e se estava devidamente enfeitado. Essa nem precisa comentar, nossos elefantes brancos, ficam aí largados, sem a mínima lembrança dos "reis". Alguém sabe, quanto tempo demorou o HUT, aqui em Teresina, para ser concluído? Sem falar na ponte do sesquicentenário...
Atualmente o único elefante branco que tenho conhecimento no Brasil se chama Ronaldo Nazário ("jogador do Corinthians"). Se gasta uma fortuna com alguém que não se sabe quando vai jogar, e diariamente vem sendo endeusado por nossa imprensa.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Aaaaaaaaaiiiiiii!!!!!!!!!!!!!

Direto de cá, lhe pergunto se você gosta de sentir dor. Acredito que a resposta deva ser "não". Eu também pensava assim, porém ao ler uma matéria que saiu na revista Superinteressante nesse mês, tive o conhecimento de uma doença hereditária, causada por uma alteração cromossômica que faz com que a pessoa não sinta dor alguma.
Já pensou no sonho? Ir ao dentista sem temor, as mulheres podendo parir sem aquele alarde todo, jogar futebol e "dividir" uma jogada sem receio... Pois bem, alguns portadores dessa síndrome, batizada de "síndrome de Riley-Day"(homenagem aos descobridores), muitas vezes gostam de exibir seus "superpoderes", andando sobre brasas, batendo a cabeça na parede, pulando do telhado, ouvir por mais de 5 minutos um CD de funk sem sentir dor na consciência(rsrsrs, brincadeirinha, mas você consegue?). Nessa revista li o relato sobre o que aconteceu com uma garotinha que sofreu um corte profundo em um dos braços, porém não sentiu dor alguma, mas como achou feio aquele buraco sangrando no braço, pegou um grampeador e resolveu o problema.

Na maioria dos casos a doença é descoberta quando o portador ainda é bebê. Geralmente com o nascimento dos dentes, quando a criança começa a morder a língua e os lábios chegando a dilacerá-los, mesmo assim não choram, o que tem alertado os pais dessas crianças.

Dificilmente os portadores dessa síndrome chegam a fase adulta, pois não tem o mecanismo de defesa contra o perigo, que tanto repudíamos e chamamos de dor. Quando tais indivíduos chegam à fase adulta, apresentam sérios problemas de saúde, como má formação dos ossos ou até mesmo problemas mentais ocasionados pela falta de comunicação entre corpo e cérebro.

Portanto, da próxima vez que pensar em reclamar de alguma dor, lembre-se que é seu corpo funcionando, e lhe indicando que algo está errado. E então você pode até sorrir e dizer: - Ai, que dorzinha boa!!!!!!

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Onde está Wally?

Direto de cá, venho lhe fazer esta tão tradicional pergunta, e complementar com outra: Por que ele se esconde? E o Geninho da Shee-ra? Bom, não sei, mas hoje me deparei com uma cena que seria hilária se não fosse vergonhosa. O Excelentíssimo Secretário Estadual de Educação e Cultura do Estado do Piauí, fugindo como um rato pelo primeiro buraco que encontrou. Sei que deveria começar a história pelo começo, mas de tanto assistir a Maysa, resolvi seguir este roteiro...
Pois bem, o motivo pelo qual fiquei algum tempo sem postar é que fui surpreendido (junto com meus colegas de profissão), por um edital que praticamente expulsava os professores lotados em algumas escolas do estado que serão "beneficiadas" por um projeto em que o aluno passará o dia na escola. Porém, os professores foram punidos tendo que se submeter a um teste seletivo para permanecerem trabalhando na escola em que são lotados. Andei sem tempo para postar, pois estava participando de seguidas reuniões, e isso todo dia torna-se exaustivo. Depois de alguns encontros, conseguimos entrar na agenda do nosso "Wally", ou "Geninho", (você escolhe) que simplesmente desmarcou a reunião para receber seus coleguinhas deputados. Porém nos informaram inicialmente que o mesmo não estava na cidade. Quando ele percebeu que não arredaríamos o pé da porta do seu gabinete, saiu do seu esconderijo e fugiu como comentei no início.
A pergunta que não quer calar é a seguinte: Onde está Wally? Quer dizer, onde está o Secretário? Queremos apenas conversar, negociar, ouvir explicações. Se alguém encontrá-lo na figura acima, comente; se souberem do seu paradeiro, comentem também; se não souberem, comentem do mesmo jeito. Pois iremos atrás dele até no cafofo do Osama.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Duas mortes, duas reações


Direto de cá, anuncio com muito pesar o fim da vida do touro Bandido, que veio a óbito na manhã do último domingo. Anuncio também (agora com uma certa satisfação) a queda de dois pontinhos, que para mim sempre foram (ou foi) esquecido(s): o trema.

Dois elementos que faziam "tremer", um de medo, outro... não fazia tremer, na verdade foi só um trocadilho.

O touro Bandido, foi um privilegiado, artista de novela interpretando a si mesmo, deixou 70 filhos (sem direito a pensão) e muito sêmem (ainda tem acento?) congelado com a esperança de que um dia surja algum touro como ele. Bandido morreu de câncer, teve um enterro digno, com direito a berrante e muitas lágrimas.

Já o pobre trema (já vai tarde) há muito tempo havia morrido na cabeça de muita gente. Desde a minha infância ouvia falar que tentavam eliminar tal sujeito do nosso país. Por fim conseguiram, porém, o trema deixará saudades em algumas pessoas. Para muitos, "linguiça" sem as bolinhas não terá o mesmo sabor, o pobre "pinguim" também as perdeu. E você escreve "tranquilo" sem elas?

O trema se foi porém, levou consigo alguns acentos. Vogais dobradas perderam o cincunflexo (voo, enjoo, veem...), as palavras paroxítonas que apresentam os ditongos ei e oi nas sílabas tônicas também perderam seus acentos (jiboia, boleia, assembleia...)

Vai ser difícil acostumar. E ainda tem o hífem que vai dar uma dorzinha de cabeça a mais. Porém, vejamos pelo lado bom da coisa, estamos todos (ou quase... ou a minoria... ou quase ninguém) estimulados a ler mais, para logo estarmos afinados com as novas regras.

Aos falecidos: ficarão na lembrança.

Dona Bandida: seu marido foi heroico (sem acento)...

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Ô zuada!


Direto de cá, ainda tô meio tonto, com a noite de ontem (madrugada de hoje), não sei bem porque.
O ano novo nasceu como todo menino nasce: uma zuada só, porém não de choro, mas de foguete. Ô ano novo zuadento! Mas, qual o motivo de tudo isso? Só porque podemos usar nossos calendários novos que ganhamos na padaria ou na farmácia? Vamos vibrar todos, houve a mudança de um número no ano corrente! Viva!!!!

Mas, o que essa mudança traz de concreto nas nossas vidas? Todos dizem que esperam do novo ano muita paz, amor, perdão... Isso depende do novo número que usamos para datar nosso dia-a-dia, ou de cada um de nós?

Número é número, e não precisamos dele para perdoar, amar ou ter paz. Deixe-os aos matemáticos, ou aos (rsrsrsrsrs... desculpem...) numerólogos, que fazem todo final de ano as mesmas previsões, só mudam os nomes das "vítimas": Vai morrer uma pessoa famosa... vai acontecer um atentado em algum lugar do mundo... preparem-se para uma enchente no sul e para uma seca no nordeste. Em relação a isso tenho um exemplo brilhante, encontrado no site da globo:

"O numerólogo Bosco Viegas aponta para um ano sem brilho para o Peixe, mas crê em um aprendizado significativo para o time da Vila Belmiro. - O Santos está neutro. Vai ser um ano em que o clube ganhará e perderá partidas..."

Genial, porém esqueceu de dizer que o Santos também vai empatar. Na verdade podemos estender essa previsão a todos os times de futebol (deixando o Íbis de fora).

Portanto, apesar da mudança no último número do ano, ele é feito por você, como todos os outros.